Como a TV está se reinventando com a tecnologia de streaming e OTT

Você piscou e a TV que conhecia virou outra. Não se trata apenas da troca de aparelhos — de tubo para LED, de LED para 4K, de 4K para OLED. É um movimento maior, invisível em muitos momentos, mas radical: a transição da transmissão linear para o consumo sob demanda. E, no meio desse cenário, surgem os gigantes do streaming e as plataformas OTT (Over-the-Top), que tomam o controle da programação — literalmente — das mãos das emissoras e o colocam nas mãos do público.

Hoje, assistir à TV não exige mais… uma TV. Basta um celular, um notebook ou até uma geladeira inteligente (sim, elas existem com tela e tudo). A sigla OTT representa serviços que entregam conteúdo pela internet, sem depender das tradicionais redes de distribuição, como cabo ou satélite. E isso muda tudo. Em 2023, por exemplo, mais de 67% dos lares brasileiros acessaram algum tipo de conteúdo via streaming, segundo dados do IBGE. A televisão tradicional está, aos poucos, virando coadjuvante em seu próprio palco.

Streaming: mais que conteúdo, uma experiência

Não é só a quantidade de títulos disponíveis. É a forma como consumimos. Maratonar virou verbo. Escolher o que assistir também. As plataformas entendem seus hábitos melhor do que muitos psicólogos. A Netflix, por exemplo, chega a usar mais de 1.300 clusters de comportamento para recomendar o próximo episódio que você nem sabia que queria ver. Isso não é apenas entretenimento. É engenharia de engajamento.

As emissoras tradicionais perceberam isso tarde, mas reagiram. Globoplay, SBT Vídeos, Bandplay — nomes conhecidos agora coexistem no território antes dominado apenas por séries estrangeiras. Algumas fizeram parcerias. Outras, criaram seus próprios serviços OTT. O foco agora é flexibilidade. É conteúdo que se molda à sua rotina, e não o contrário.

Ah, e sobre o acesso a conteúdos regionais que muitas vezes estão restritos por geolocalização? A velha conhecida das redes – a VPN – tornou-se uma aliada indispensável. Quer ver uma novela portuguesa que só passa lá? Descarregue aplicações VPN para PC ou adicione veepn em múltiplos dispositivos, Apple TV. Quer desbloquear um canal de desporto do México? As aplicações VPN são o que precisa. Uma dica: combine o VeePN com uma boa ligação e terá um pequeno milagre tecnológico no bolso.

Os desafios de se manter relevante

Claro, nem tudo são flores no jardim do streaming. A quantidade absurda de opções gera o chamado paradoxo da escolha. Segundo uma pesquisa da Deloitte, 58% dos usuários de streaming afirmam gastar mais de seis minutos apenas decidindo o que assistir. Isso parece pouco? Multiplique por 30 dias. Dá quase três horas por mês apenas escolhendo o que vai ver. Isso antes de apertar o play.

Além disso, existe a fragmentação: cada serviço exige sua assinatura. Isso gera frustração. O que antes era um problema resolvido por um controle remoto virou uma planilha financeira. “Netflix ou Disney+ esse mês?”, perguntam muitos usuários, especialmente quando os preços de alguns planos se aproximam da mensalidade da antiga TV a cabo que juraram nunca mais pagar.

E o que é OTT, afinal?

Pense em OTT como uma nova estrada. Antes, para assistir algo, você precisava da “via tradicional”: o sinal vinha por satélite ou cabo, passava pela operadora, até chegar à sua televisão. Hoje, essa estrada foi desviada — o conteúdo vem pela internet, diretamente do provedor para seu dispositivo. O YouTube é OTT. O Prime Video, também. Até aquela live da sua banda preferida no Instagram? Sim, também conta.

E isso é revolucionário porque permite a entrada de novos players. Pequenas produtoras agora têm voz. Canais fechados podem viver apenas da fidelidade de uma comunidade. Existem serviços OTT para apaixonados por pesca, culinária vegana, documentários sobre astrologia… e todos são sustentáveis porque custam pouco e falam diretamente com públicos muito específicos.

O renascimento das TVs

Ironia ou destino, as próprias TVs estão se reinventando para esse novo mundo. As chamadas Smart TVs não são mais apenas “televisões com internet”. Elas são hubs de conteúdo. O controle remoto virou um teclado. Assistentes de voz como Alexa e Google Assistant já fazem parte do pacote. Em vez de escolher “canal 4” ou “canal 12”, você diz “quero ver comédia dos anos 80” e pronto — aparecem dez opções em cinco segundos. A TV, como objeto, continua viva. Mas sua alma agora é outra.

Mais do que isso: o conteúdo ao vivo também foi reinventado. Eventos esportivos, premiações, festivais… tudo agora é transmitido online com múltiplos ângulos, interatividade e até realidade aumentada. A Copa do Mundo de 2022, por exemplo, teve mais de 100 milhões de visualizações apenas via streaming, superando marcas históricas da TV aberta.

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Um último detalhe curioso

Lembra da VPN que mencionei antes? Pois é, ela também virou aliada das plataformas que viajam. Muita gente não sabe, mas quando viaja para outro país, pode perder acesso ao catálogo original de sua plataforma de streaming. O que resolve? VeePN VPN. Você se conecta como se ainda estivesse em casa. Um pequeno truque digital que mantém sua maratona em dia, mesmo do outro lado do mundo.

Conclusão: o futuro não será canal 5

A televisão não morreu. Mas a ideia de “assistir TV” mudou radicalmente. A experiência deixou de ser passiva, controlada por grades de horário fixas, e passou a ser ativa, personalizada, quase íntima. O streaming e os serviços OTT não são apenas evoluções tecnológicas — são revoluções culturais.

E no meio de tantos avanços, é curioso pensar que, às vezes, tudo o que você precisa para acessar o mundo inteiro é: conexão estável, bom gosto para escolher o que ver e, de vez em quando, uma VPN bem configurada. Porque, no fim, reinventar a TV é também reinventar como — e por que — queremos ver o que vemos.

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